A prefeitura foi rápida. Justificou-se do gasto com “empresa amiga do Ernane” na Praça Santos Dumont no Arrastão. O problema é colocar incompetentes para justificar o injustificável. Só sai asneira. Foi pior a emenda que o soneto.
Não será repetido o release da Comunicação, mas fica disponível aqui (RELEASE). Esta obra foi entregue em 2008 e em abril/09 a empresa responsável foi acionada para que reparasse os problemas existentes e de pronto atendeu a solicitação, resolvendo, na época, os defeitos visíveis.
Em março/10 a prefeitura retirou por sua conta e risco os materiais sobre o deck sob justificativa que apresentavam perigo para os turistas e munícipes. Interessante observar que o apodrecimento, os pregos expostos, madeiras pontiagudas trazendo riscos de perfuração às pessoas não acontecem de uma hora para outra. O desgaste prematuro já vinha ocorrendo e então porque não acionar a empresa? Simples. Não há interesse em recuperação de serviços falhos sem custos. Precisam “licitar” e “direcionar” as obras para seus “patrícios”. A terra gira e o dízimo também.
Antes “compadres”, agora desdenham da empresa JR. Diz nosso hilariante secretário que a empresa não honrou com o seu compromisso, entregando uma obra de baixa qualidade. Atitude estranha então. A empresa andou sendo convidada pela prefeitura e câmara municipal em 2009 para serviços de instalação, manutenção de bens imóveis, reforma e adequação do EM Henrique Botelho, reformas em geral e até de desobstrução e desentupimento. Recebeu por isso R$ 154.029,00 e seu último pagamento ocorreu em 18/12/2009. No ano seguinte entre o período de janeiro e julho, recebeu R$ 37.692,00.
A obra da FATEC no prédio da EM Henrique Botelho foi repassada à JR Terraplanagem por ordem expressa do prefeito Ernane e ainda havia a determinação de repasse da obra de construção de vestiário e reforma do campo de futebol da Enseada, mas como a obra teve custo orçado acima do valor de carta convite, não foi possível repassá-la. Nesta época o Urandy, secretário da Administração, determinou que o valor fosse baixado (veja) para esse tipo de licitação. Desconheço o desfecho.
O pouco caso com o dinheiro público fica patente e é revoltante o desconhecimento técnico e jurídico deste incapaz que presenteou amigos com R$ 111 mil; a retirada do material foi feita unilateralmente pela prefeitura, os serviços idem e se quisessem de fato ressarcimento aos cofres públicos teriam promovido a notificação da empresa e se não atendidos, promoveriam uma ação de “Produção Antecipada de Provas”. Como nada foi feito, pode esquecer qualquer ressarcimento por parte da JR.
Em contrapartida, junto ao prefeito e secretários é só aguardar os desdobramentos. Peculato puro e cristalino.