sexta-feira, 29 de outubro de 2010

CASAS POPULARES: para famílias sem filhos?



Um mês após sua posse, o prefeito Ernane reafirmou seu compromisso de campanha em construir mil casas populares durante sua gestão; prometia ainda a construção de trezentas ainda naquele ano. Nenhuma foi construída ou licitada no ano passado.

Timidamente o processo inicia-se através de concorrência pública para a construção de cinquenta casas populares; realização mais modesta e pé no chão. O dinheiro virá de recursos federais na ordem de 60% e o restante por conta do município. O projeto destas casas é assinado pelo Departamento de Planejamento da Secretaria da Habitação e .......pobre, extremamente pobre.

As habitações de interesse social tem seus projetos orientados sob conceitos rígidos; habitabilidade, sustentabilidade, viabilidade, segurança e flexibilidade. No projeto assinado pela prefeitura três conceitos são menosprezados: a da viabilidade que compreende os aspectos relacionados a exequibilidade técnica (construbilidade, sistema construtivo e regime de execução) e economicidade da proposta (custos).

O conceito da flexibilidade, que compreende os aspectos relacionados às possibilidades de expansão (vertical ou horizontal) da unidade habitacional e a diversidade da de arranjos de implantação  e tampouco o conceito da habitabilidade no quesito da flexibilidade (possibilidades de alterações) e acessibilidade (o projeto prevê um degrau de 15cm sem qualquer rampa para vencê-lo).

Estas casas geminadas, no Bairro da Enseada - Costa Norte, estão implantadas em terreno de 125,0m² com construção de 40,25m² e suas acomodações são: sala, copa, banheiro e quarto. Um quarto apenas, sem área de serviço (um tanque sequer) ou previsão para ela.

Após sete anos em queda, o índice de fecundidade das famílias brasileiras, que mede a proporção de filhos por família, voltou a crescer no ano passado. Revelado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)  e segundo esta de 2008 para 2009, o índice de fecundidade subiu de 1,89 filho por família para 1,94.

Parece que  esta pesquisa não levou em conta as famílias de baixa renda de nosso município: segundo a Secretaria de Planejamento e Habitação elas não têm qualquer filho ou dependente. O dinheiro do governo federal e o nosso continuam a ser mal empregados e sem qualquer planejamento.

2 comentários:

  1. José Roberto22:14:00

    Manoel acompanho seu blog desde o princípio e já no passado você resposabilizava a equipe incompetente do departamento de planejamento da SEO daquela época. Não há o que estranhar; não existe profissionalismo ali e apesar de existirem bons profissionais estão desmotivados, mais interessados em suas realizações particulares. A chefe apesar de esforçada, falta-lhe conhecimento e competência. O secretário é um trermendo nó cego, que só sabe gritar e ameaçar. Qualquer dia levará porrada de alguem. O burro do prefeito vendo tudo o que aconteceu no passado colocou a arquiteta Kátia no mesmo lugar do passado. Então os erros do passados se fazem e presentes e coitados do pessoal de baixa renda que buscam um moradia, terão que conviver com projetos de terceira e custos de primeira. É a cara desta administração. Demorou para você retornar, admiro sua coragem e espero que conte o que viu(imos) e vivenciou(amos) dia após dia nesta prefeitura. Eu lamentávelmente não tenho sua coragem mas estou aqui e na hora certa estarei ao seu lado.

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  2. Anônimo10:46:00

    É impressionante , basta sair e começar a cuspir no prato que comeu e se lambuzou que diga o pessoal do posto das cigarras ....

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