Em tribuna da Câmara, nesta semana, o vereador Ernaninho enalteceu as (poucas) realizações de seu pai e disse que finalmente nossa cidade tinha construções escolares como merecido. Exemplificou com as obras da empresa parceira do prefeito (Construtora Luxor), conclamando que quem duvidasse fosse ao local e visse com os próprios olhos. Falou da qualidade da obra, acabamento, blá, blá e mais blá, blá, esquecendo-se apenas de apropriar o custo das mesmas e o superfaturamento destas obras.
O jornal propaganda do prefeito (desde os primórdios de sua campanha), atualmente distribuído casa em casa, de costa a costa, segue pelo mesmo caminho e de forma ufanista diz que a educação cresce, fala de números impressionantes e melhora em sua estrutura. Vamos comentar apenas duas; a escola da Topolândia e a Henrique Botelho na Vila Amélia. Desnecessário retornar ao assunto contratação visto ser de conhecimento geral a condução para que a “empresa sortuda“ ganhasse estas obras.
As obras estão bonitas? Segundo o vereador sim, mas o gosto é discutível. A cor é cansativa e no caso das pastilhas, sem qualquer chance de “descansar os olhos” em futuro próximo. Mas não discutimos aparência. Questionamos a seriedade do executivo. Leigos como o vereador e o prefeito, que insiste em vistoriar obras sem técnicos presentes, e não consegue “enxergar” as muitas mutretas inseridas na construção. A obra executada na Topolândia não reflete a realidade dos projetos e planilhas licitadas e isso é ilegal. Já falamos do aterro inexistente, mas pago centavo por centavo. Foi mais de meio milhão desviado para “não sei quem”.
Justificando nova licitação, alardeou que a licitação previa estação de tratamento de esgoto, e o local já é provido de rede pública. Mas e os serviços inseridos na planilha atual que não estão sendo executados? Não os vê? Utilizaram alvenaria estrutural, deixaram de executar pilares, vigas, inseriram perfis de aço sob a laje disforme do projeto e sem muita razão estrutural (parece ser mais para justificar a quantidade absurda de aço na planilha). Onde foram enfiadas todas aquelas estacas previstas na planilha? Bem, não sejamos “chulos”, mas é mais ou menos onde todos nós nos reportamos, ou seja, reto acima da pobre população sebastianense.
Onde está a torre elevada, de concreto armado, sistema de forma deslizante de diâmetro de 4,40m, com quinze metros de altura (só pode doze prefeito) e capacidade para 80m³ de água?. Está sendo pago a bagatela de trezentos mil reais nessa empreitada e inexistente. A verdade é uma só, o custo desta obra, se licitada de forma limpa e transparente, custaria ao município pouco mais de quatro milhões. A balela de salas a mais, sala odontológica, revestimento de pastilha inventada pelo prefeito, entre outras, não procede e digo isto com conhecimento de causa, visto ter feito todo o levantamento de materiais e mão de obra enquanto atuava no Departamento de Obras Públicas. Reafirmo que houve superfaturamento de quase cem por cento colocando-me a disposição da Câmara Municipal, Ministério Público e Judiciário para demonstração do fato já público e até disponibilizada em sites.
Na Vila Amélia, na EM Henrique Botelho os vícios são os mesmos, as mutretas de planilha idênticas visto terem sido feitas pela mesma pessoa (empresa) e os desvios também. Aqui o reservatório é um pouco mais barato, independentemente de ser idêntico ao da Topolândia custará apenas R$ 209 mil. Menos mal? Não, o custo de um reservatório idêntico ao instalado na obra não custaria mais que R$ 40 mil. Difícil? É só cotar, por exemplo, com a Maxpreel.
Será que é possível construir a torre elevada onde está (foto acima)? Não precisamos de recuos? A Administração pode rasgar a Lei de Uso e Ocupação do Solo? Até quando teremos que conviver com projetos esquisitos e fora da lei? Porque não por o reservatório sobre a escola? Ah tá, se colocasse ali não poderia inserir os duzentos mil reais alocados para esse absurdo. Então tá. Uma onda de moralidade parece estar surgindo em nossa cidade. Talvez seja a hora de nossos vereadores retomarem aquela ideia de fiscalização das obras do executivo (faz parte da atribuição e função do vereador), evidentemente assessorados por profissionais, visto todos serem leigos no assunto.
Se assim procederem, constatarão que o ufanismo de certos meios de imprensa e falas de vereadores, tem somente a função de desviar a verdadeira farsa, no sentido de qualidade e custo, que são estas obras, além de verificarem que se realmente fiscalizadas, poderíamos ter duas escolas na Topolândia e mais duas na Vila Amélia. A mesmice dos fatos remete-se a um passado bem recente, e por incrível que pareça, foi mote da campanha do candidato Ernane para sua eleição.
Aquela frase que diz que só mudam as moscas, mas a merda é a mesma, parece bastante apropriada para nosso dia a dia, mas necessitamos urgentemente de uma limpeza geral em nosso município. Se assim procedermos, não teremos novas "moscas".
Lamentavelmente a merda e moscas são as mesmas. Qual será o conceito de iguladade entre o poder público e o privado que os pseudos"projetistas" destas barbaridades têm? Temos visto na mídia o questionamento de torres elevadas e me parece que não há muita razão nesta localização. Respostas deverão ser dadas pelo departamento de planejamento, ou seja, Arq Kátia. Parece não haver muita dúvida nesta ilegalidade apresentada pelo Manuel. O prefeito cansou de dizer que não havia superfatuamento e aqui é afirmado que há e diz que conhecimento de causa. Será que nenhuma autoridade tomará alguma providência? Está na hora da polícia (seja qual for) tomar uma atitude e começar a fazer seu papel. Estão incitando a população a fazer só irregularidades. É advogado que não pode advogar, secretário que não pode ter dois cpfs, é arquiteto que quer fazer tres andares, é advogado e contador que insiste em apresentar os pareceres que o prefeito quer e tudo bem? Chega de sacanagem. Fora esta corja de bandidos.
ResponderExcluirQuem libera as medições? Quem paga o que não existe? Em troca do que e por que razão? O responsável pela fiscalização e liberação era o Teixeirinha. tinha esta função até pouco tempo e foi substituido pelo Durinho. Quem liberou a medição do aterro visto não ter sido feito? Se existe uma ação judicial qual o motivo de nada acontecer e a robalheira continuiar solta? Estes funcionários comissionados ainda não entenderam que devem satisfação a população. O prefeito será subsituido. O povo continua. A responsabilidade destes que aprovam o que não foi feito tambem. Só precisamos mais gente fazendo o que este blog faz, mostrando o roubo desemfreado de nosso dinheiro. Se podiamos fazer quatro obras ao invés de duas porque não brecar estes pagamentos e verificar se de fato exisitiu o superfaturamento? São muitas perguntas, poucas respostas e uma unica certeza. A impunidade faz com que tenhamos de conviver com estes Ernanes e Juans da vida.
ResponderExcluirNão tem o que fazer Manoel, as moscas mudaram realmente mas a merda é a mesma. Esta verdade é cruel porem sem o que fazer. O filho do secretário, antes duro e implorando apoio financeiro do dono de certa empresa de onibus, hoje esnoba e é pego comprando apartamento em dinheiro, sinais de riqueza estão por todo lado e nada acontece. É o Brasil, ou melhor São Sebastião, cidade corrupta e estagnada graças aos nossos governantes e vereadores cegos e coniventes com a corrupção que aqui corre solta, como é o caso deste filho do prefeito. Ele não deveria pedir para que fossemos ver a merda que o pai faz, antes dele próprio ir vê-la. Se não tem competência para ver o certo e o errado, é melhor calar-se e simplesmente deixar o tempo passar. Faltam menos de dois anos para aposentadoria coletiva e familiar.
ResponderExcluirO prefeito pilantra é o próprio lobo em pele de cordeiro. A postagem parece ser da época do Juan mas não é e todos estes fatos são repetição da gestão anterior. Propaganda enganosa, ufanismo e desvio de dinheiro. A culpa do "vale a pena ver de novo" é do judiciário que ineficaz, não puniu o anterior, e o atual vendo que vale a pena correr o risco, está roubando desenfreadamente. Está perto de contratar sua segurança. É o fim da picada.
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