quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Acordem sebastianenses! Estamos sendo enganados.


O prefeito quer mudar a lei de Uso e Ocupação do Solo para corrigir e adaptar este “projeto de hospital” em Boiçucanga idealizado sem atendimento as nossas leis referentes à edificação de obras públicas, ao Ministério da Saúde (Resolução RDC-nº 50 da ANVISA) e ao Estatuto da Cidade. Por que mudar a lei? Por que não elaborar um projeto atendendo a legislação vigente? Existe, aí, algum interesse escuso, cuja verticalização em nosso município é o objetivo final?

Para induzir a população a aceitar o casuísmo da mudança de lei, faz declarações estapafúrdias e sem qualquer embasamento e conhecimento técnico. Afirma precisar de uma caixa d´água com vinte metros de altura, para suprir o abastecimento por três dias. Existem soluções alternativas e facilmente equacionadas sem a necessidade de aumento de gabarito determinado na Lei 1062/95.

Diz que o hospital contará com heliponto para situações emergenciais e para esta possibilidade deverá ser edificado numa altura de quinze metros do solo em atendimento as normas da ANAC, o que é uma inverdade, não há qualquer imposição para este fato.

A Portaria 18/GM5 do Ministério da Aeronáutica diz que para a construção de um heliponto muitas considerações deverão ser feitas (facilidade de acesso, nível de ruído sobre a comunidade, condições de vento, entre outras) e caso não seja possível construí-lo ao nível do solo poderá ser instalado em local elevado; sendo que a área de pouso pode abranger a totalidade da superfície do terraço ou apenas parte dele, pela simples instalação de uma plataforma de distribuição de carga, recomendando que a altura não seja inferior ao dos peitoris do terraço. Esta é a única recomendação sobre altura. Nada mais é imposto. Muito menos os famigerados quinze metros.

Trata-se de obra projetada, portanto esta plataforma deverá ser incorporada ao projeto estrutural, podendo, simplesmente, ser uma base de 21,0m x 21,0m, suficiente para qualquer helicóptero em atividade no país, elevada a 1,0m em relação a laje de cobertura. Se feita desta forma, sequer haverá necessidade da colocação de grade de proteção.

Não somos contra a construção do hospital, é fato que a costa sul necessita de atendimento hospitalar de qualidade, em razão, principalmente, da geografia do nosso município. Simplesmente entendemos haver necessidade de um Programa de Necessidades e Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV). Quanto ao precedente para verticalização e surgimento de outros “empreendimentos” similares descartados pelo prefeito, trata-se de outra inverdade; é real e a isonomia (igualdade de todos perante a lei, assegurada como princípio constitucional) entre o poder público e o privado assim assegura. Está determinado em lei.

Exemplificando; qualquer cidadão com dinheiro para construir outro hospital deste porte, clínica de repouso e muitas outras atividades de “interesse social”, terá direito aos mesmos casuísmos e privilégios da construção pretendida pelo prefeito.

Estamos sendo enganados e induzidos a erro; a atitude de mudança da lei é incorreta e da forma que está sendo conduzida parece estar escondendo, pretendendo e visualizando algo mais.

23 comentários:

  1. Wagner08:02:00

    Hoje haverá a segunda audiência pública em boiçucanga e não podemos nos omitir; precisamos saber a verdade. Porque o prefeito inventa estas coisas para aprovação da mudança da lei? Eu li a portaria da aeronáutica inteira e não consegui ver tambem onde está escrito que precisa elevar a pista de pouso a quinze metros. Li a resolução da anvisa (152 paginas) e ali está tudo detalhado e implicita a obrigação de se ter um progrrama de necessidades e no estatuto das cidades está clara a necessidade de se proceder um estudo de impactto de vizinhança. Foram feitos estes estudos? Se foram porque não são apresentados? E ainda quando se fala de construção de heliportos há necessidade de estudo de nível de ruido sobre nós e aí. Onde está este estudo? Qaul o nível de ruído? Nosso prefeito incompetente prefere inventar fatos como reserva de água para tres dias (na minha casa para este problema coloquei duas caixas de mil litros énterradas no chão e pus uma bomba)para justificar um absurdo de torre de vinte metros. Para reforçar o absurdo justifica a altura do heliporto. Precisamos comparecer e exigir que antes de se propor qualquer coisa que se seja disponibilizado todos os documentos peritnentes e obrigatórios por lei. E aproveitando, alguem já verificou a possibilidade de ser aprovado este heliponto neste local?

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  2. Marcos09:50:00

    O mais triste disso tudo é que essa discussão, infelizmente, não vai dar em nada, pois os vereadores já definiram seus votos a favor da aprovação do projeto(o corredor comercial do centro - muito "interessante" aos vereadores também - faz parte do mesmo "bolo"). Quanto às audiências públicas, são meras "teatralizações" e "jogos de cena" continuando a fazer o que eles fazem de melhor, que é enganar todo mundo.

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  3. observador09:57:00

    Manoel Corte; a sua carta aberta ao povo sebastianense, publicada no Imprensa Livre de hoje falando de mais um desmando dessa administração (se pode ser chamada assim) chula vai fazer, com certeza, acontecer alguma visita do Sr. Cláudio Milito ao Urandyr. É esperar pra ver. Hoje telefones irão tocar. Podem ter certeza que devem estar com alguns pagamentos atrasados.

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  4. Anônimo10:01:00

    Esperamos, com uma ponta de esperança (que já está quase sumindo), que alguém do M.P. de São Sebastião leia jornal, pois parece que passam longe dos blogs.

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  5. Eleitor11:00:00

    Como sou leigo, então falo com simplicidade sobre esse assunto. Pelo que entendi na verdade o "prefeito" não tá nem aí com hospital, na verdade ele quer aprovar predinhos, provavelmente tá pensando em algum tipo de benefício próprio com isso. Enganando o povo que pensa estar sendo beneficiado com um hospital os políticos estão beneficiando seus bolsos.

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  6. Cidadão da costa sul11:37:00

    Esse Wagner que escreve aqui, pelo texto, com certeza não é o Teixeira, que anda quietinho se fingindo de morto (e muito bem obrigado - aliás nunca esteve tão bem assim antes) para comer o coveiro.

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  7. Anônimo12:11:00

    Pessoal o pior é que já tá marcada para sexta feira uma sessão extraordinária na camara com os vereadores e já tudo acertado e inclusive pago para aprovarem o projeto da alteração da lei de uso de solo com desculpa de hospital, mas na real é para fazer predinhos.
    Vamos nos unifr e fazer um panelaço na reunião de hoje.

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  8. Falcão14:32:00

    Sr. Anônimo, o sr. mesmo já disse que está inclusive paga a aprovação do projeto. Guarde sua panela porque - com esses que estão ai - o único resultado é ela sair amassada. Continuo com a minha cruzada: "todo sofrimento pra corno é pouco".

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  9. Amado Batista14:42:00

    RRSRSRRSRRSRSR. Falcão; apoio sua cruzada, também acho que TODO SOFRIMENTO PRA CORNO É POUCO. Digamos que os predinhos vão ser mais "chifres" colocados na cabeça daqueles que apoiaram o Bonecão de Olinda. Vai ser corno pra todo lado e com pelo menos uns doze galhos de altura, opa, desculpe, metros. Vai ser riquinho da costa sul e pseudo ambientalistas balangando uns enormes chifres. Lindo de ver.

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  10. Lamentamos o inconveniente, mas por nossa falha os últimos comentários foram indevidamente delatados. Aos comentaristas nossas desculpas.

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  11. Anônimo18:35:00

    A obra de reurbanização do Aterro da Rua da Praia pelas denúncias no Blog Livre não tem autorização do SPU, sabem alguma coisa a esse respeito? Parabens pelo blog e coragem.

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  12. Em relação a área da União (ATERRO DA RUA DA PRAIA), conforme informado pela Senhora Catarina/SPU (11 2113 2486), a prefeitura ainda não recebeu a posse, mas é de fato da PMSS e que o processo está em andamento. Sobre a autorização da obra não pode (ou quis) informar, repassando a tarefa para a Dra Thais (11-2113-2477). Não conseguimos contato, mas a resposta se torna óbvia; se não há instrumento de posse (ainda que haja processo em andamento) não vemos como o SPU poderá autorizar qualquer obra. Entendemos que somente quando houver este documento de fato a PMSS poderá solicitar qualquer obra no local e o SPU autorizar. Mas.....

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  13. observador08:53:00

    Resumindo a opera; o Ernane é um baita de um irresponsavel e mentiroso mesmo. Como é que um prefeito coloca uma placa oficial contendo uma mentira??? Alô M.P., acorda!!!

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  14. Anônimo08:54:00

    Alguém sabe alguma coisa sobre a audiência pública de ontem?

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  15. lilian09:33:00

    Podem e devem construir o hospital desde que para isso não seja

    necessária nenhuma mudança na Lei de Uso e Ocupação do Solo,

    foi isso que a população presente deixou claro ao prefeito e vereadores.

    Agora, se o terreno adquirido é pequeno, paciência, isso deveria ter sido

    observado antes da compra !!!!!!!

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  16. Anônimo09:48:00

    Lilian; muito obrigado pela resposta. Agora é torcer (e acho isso muito dificil) que os vereadores tenham entendido dessa forma e respeitem a vontade da sociedade que, em tese, eles deveriam representar. Tenho minhas dúvidas sobre isso. É aguardar para ver.

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  17. Eleitor10:33:00

    Pessoal, como fica o Sr. WAGNER TEIXEIRA? Tá quietinho só levando o dele, ele quer mais é que tudo se exploda, o importante não é o cidadão que o elegeu mas seus interesses pessoais. Desse jeito não sei onde esta cidade vai parar.

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  18. Anônimo10:35:00

    Alguém falou em MP, será que isso existe em São Sebastião? Se existe está muito estranho esse silêncio, ACORDA MP.

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  19. Anônimo11:05:00

    Talvez não tenhamos um MP atuante em SS, contudo temos a CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO em SP. que além de competente é um órgão muito sério, só não sei porque ela não é acionada e a quem cabe fazer isso.

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  20. Anônimo13:43:00

    É possivel fazer queixas para esse orgão, dizendo da inoperância do M.P. local, através de carta? Alguém poderia responder?

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  21. Se realmente não existe a aprovação do projeto de reurbanização do aterro da rua da praia, como é possível haver um processo licitatório? Isso não é ilegal? Alem dos cidadãos sebazstianenses quem mais deveria acompanhar estas irregularidades? Alguem responda por favor.

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  22. Anônimo23:30:00

    Na primeira audiência pública o prefeito falou que o projeto do hospital em Boiçucanga já está pronto, e com a aprovação do projeto de lei complementar pela Câmara Municipal e realização da licitação para a construção do mesmo a obra teria inicio em 60 dias, caso não houvesse mais audiências públicas e/ou impugnações no processo licitatório.
    Já na segunda audiência, ele falou em "anteprojeto" elaborado pela equipe do departamento de planejamento, da Secretaria de Habitação.
    Afinal, o desenho arquitetônico apresentado, rápida e furtivamente ao final desta audiência, é anteprojeto ou projeto final?
    Se for anteprojeto, a lei 8666/93, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, determina a realização de uma licitação para elaboração dos projetos pertinentes a obra, e como nada se falou a respeito do referente edital, conclui-se que o prazo de 20 meses para a entrega do hospital à população aumentará consideravelmente, não sendo possível sua inauguração nesta gestão. Ou será que a história se repetirá e veremos mais uma obra ser inaugurada antes de seu término?
    Porém, caso seja o projeto final, pronto para ser licitado, como disse o prefeito, quem são os engenheiros (civil, elétrico, hidráulico, etc), membros da equipe técnica da secretaria de habitação responsáveis pela sua execução? Caso contrário, quando houve a publicação de edital de licitação para contratação da empresa que o elaborou? E quem foi a empresa vencedora?
    ALGUÉM SABE INFORMAR???

    TEMOS REALMENTE DE ACORDAR, ANTES DE MATARMOS NOSSA CIDADE POR OMISSÃO E CONIVÊNCIA COM OS DESMANDOS DOS QUE OCUPAM O PODER, POIS COMO O DISSE O PREFEITO: "A POPULAÇÃO NÃO SABE DE MUITA COISA ... E NÃO É DE INTERESSE DO PESSOAL SABER".

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  23. Anônimo12:16:00

    E atenção, cuidado com um detalhe: a caixa d'água de vinte metros vai ficar mais alta que o heliponto de 15 metros, sendo que ficam bem próximos um do outro. É claro que isso vai dar confusão, vão orçar e não vão fazer. É brincadeira?
    Engº Antonio Soares

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